O libertador da América latina, Simón Bolívar (17831830) foi em Roma em 1805 e em 15 de agosto, junto com seu amigo, mentor e compatriota Don Simón Rodríguez, e de acordo com outros autores (SALIMA e VELÁSQUEZ) também com Fernando Toro, foi no Monte Sacro, onde aconteceu a secessão da plebe em 494 a.C., onde proclamou seu famoso juramento: "¡Juro delante de usted, juro por el Dios de mis padres, juro por ellos, juro por mi honor y juro por mi patria, que no daré descanso a mi brazo, ni reposo a mi alma, hasta que haya roto las cadenas que nos oprimen por voluntad del poder español!" ("Juro diante de você, juro pelo Deus de meus antepassados, juro por eles, juro por minha honra e juro pelo meu país, que não darei descanso a meu braço nem repouso a minha alma, até que eu ter quebrado as correntes que nos oprimem pela vontade do poder espanhol! ").
Em 27 de dezembro de 1922,
a Câmara Municipal de Roma deu à atual Piazza Menenio
Agripa, na Cidade Jardom Aniene, (hoje denominada Monte Sacro)
o nome de Piazza Bolivar. Hoje uma praça no parque da Villa
Borghese é dedicada a Bolívar. Em 17 de dezembro
de 1930, por ocasião do primeiro centenário da morte
do Libertador e do 125mo aniversário de seu juramento,
foi dedicada uma lápida
comemorativa na fachada da escola Don Bosco, em Piazza Monte Baldo,
levando a seguinte inscrição: "XVII dicembre
MCMXXX - A Simone Bolivar, che sul sacro suolo dell'Urbe, giurò
di restituire a libertà i suoi generosi fratelli d'America.
Roma madre delle genti, nel primo centenario della sua morte,
dedica questo ricordo e latinamente saluta i popoli redenti dal
Liberatore" ("Em 17 de dezembro de 1930 - para
Simon Bolivar, que no solo sagrado da Urbe, prometeu devolver
a liberdade a seus generosos irmãos de América -
Roma, mãe das gentes, no primeiro centenário da
sua morte, dedica esta recordação e saúda
latinamente o povo redimido pelo Libertador". Na mesma
fachada, justo abaixo da lápida de 1930, é colocada
outra pequena lápida, levando
estas palavras: "Un juramento inspiró tu grandeza,
un recuerdo constante de nosotros la ensalza y engrandece cada
día más. - Misión Naval Venezolana de entrenamiento
en Italia. Roma, 12 de Octubre de 1956" ("Um
juramento inspirou tua grandeza, uma lembrança constante
de nos exalta-a e engrandece-la cada dia mais, - Missão
Naval Venezuelana de Treinamento em Itália, Roma, 12
de outubro de 1956").
Em 25 de fevereiro de 2005 em Caracas, Venezuela, o documento
final da quarta cimeira da dívida social, advogando a necessidade
da Carta Social das Américas, definiu a Carta como a herdeira
do juramento de Monte Sacro e em 16 de Outubro de 2005, no segundo
centenário da visita de Bolívar, Hugo
Rafael Chávez Frías, Presidente da Venezuela,
a nação que tinha visto o nascimento de Bolívar,
prestou homenagem ao memorial que comemora o evento, também
realizando a primeira visita oficial de um chefe de Estado a um
distrito de Roma.
O memorial do juramento
de Bolivar está localizado na parte superior da colina
de Monte Sacro, que é hoje um jardim público, chamado
"Parco Simón Bolívar", a poucas centenas
de metros da Piazza Sempione. Para chegar lá, vindo da
piazza Menenio Agrippa, desça a antiga Via Nomentana, ao
longo do jardim, pegue a primeira à esquerda, Via Falterona,
à altura do mausoléu; depois de alguns metros, entre
no jardim do lado direito pelo portão e suba em cima da
colina (cerca de cem metros de "subida").
O monumento, inaugurado em 15 de agosto de 2005 e projetado pelo
venezuelano Jorge Castello com a colaboração do
grande Fruto Vivas (site
web), consiste num espaço aberto elíptico com
uma plataforma circular no meio. No centro da plataforma, eleva-se
uma coluna ática de
8 metros de altura de mármore iraniano parecido ao travertino,
ergue-se sobre uma base quadrada de granito, que pode ser iluminada,
representando "o farol que vai iluminar para sempre o
futuro desenvolvimento da humanidade", criando, em silêncio,
a harmonia típica dos lugares sagrados. O monumento é
acompanhado, na margem do espaço aberto, por um busto
de Bolívar e por uma série de painéis transparentes
apresentando o texto do juramento em italiano e espanhol, e os
nomes dos comitentes, os presidentes da República italiano
e venezuelano (Ciampi e Chávez),
os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países,
a embaixada da Venezuela em Roma e o Município de Roma.
O memorial foi restaurado e consertado em 13 de agosto de 2014,
depois de ter sido vandalizado. Atualmente, o jardim é
protegido por portões e câmeras para evitar novos
atos de vandalismo.
O busto de Simão Bolívar também foi vandalizado
em maio de 2019 e voltou ao seu lugar em 27 de junho de 2021,
após a restauração.
Em 2024, novos episódios de vandalismo ocorreram contra
o busto de Simón Bolívar: o busto foi manchado de
tinta, uma empresa encomendada pela Embaixada da Bolívia
interveio para limpá-lo e foi programada a substituição
do vidro de um dos painéis que guarde a memória
do juramento de Monte Sacro, destruído por vândalos.
Posteriormente, na noite de 4 de fevereiro, vândalos derrubaram a estátua
de Simón Bolívar, partindo-a em duas
partes. O presidente venezuelano, Nicolas
Maduro Moros, condenou no Instagram o inaceitável ato
de vandalismo, atribuindo-o às hordas fascistas, amigas
da extrema direita venezuelana, que não amam pátria.
Novamente no dia 28 de fevereiro, novamente à noite, vândalos
quebraram em mil pedaços
a cabeça de Bolívar, já danificada há
menos de um mês, que havia sido colocada sobre um banco,
aguardando restauração, e fechada por uma cerca.
BIBLIOGRAFÍA:
CAFERRI
F., OPPES A. (2005) Chavez, un rivoluzionario a Roma Sono un libertador,
come Bolivar. La Repubblica, 17 outubro 2005 ligação
G.I. (2005)
Chavez ricorda Simon Bolivar a Montesacro. La Repubblica,
16 outubro 2005 ligação
GONZÁLEZ
DÍAZ Joaquím (1960) Il Giuramento di Bolivar sul
Monte Sacro. Capitolium,4: 3-6.6.
MESSINA FAJARDO Luisa A. (2005) Simón Bolívar
1805-2005. Doscientos años después del Juramento
en el Monte Sacro - Roma. Informativo Venezuela Bolivariana,
3. 2: 16-17. ligação
PERRECA Alessia (2024) Roma, vandali scatenati a Montesacro: danneggiato
nella notte il busto di Simòn Bolìvar. La testa
di gesso in frantumi. Il Messaggero online Montesacro.
28 febrero 2024. ligação
PULLARA Giuseppe (2005) Chavez a Montesacro "Qui giurò
Bolivar duecento anni fa". Il Corriere della sera, 17
outobro 2005 ligação
SALIMA Pedro, VELÁSQUEZ Aníbal (2008) Reflexiones
en torno al Juramento del Monte Sacro (selección de ensayos).
Fundación Editorial el perro y la rana, Caracas
ligação
http://www.latinoamerica-online.info/cult05/arti05.27.juramento_bolivar.html
http://www.frutovivas.net/
http://www.vtv.gob.ve/articulos/2014/10/15/16-de-octubre-de-2005-comandante-chavez-visita-el-monte-sacro-9243.html
http://www1.adnkronos.com/Archivio/AdnAgenzia/2005/08/14/Cronaca/ROMA-A-MONTESACRO-MONUMENTO-PER-BICENTENARIO-GIURAMENTO-BOLIVAR_153004.php
http://www.aporrea.org/actualidad/n67404.html