Tarantella del Gargano

A Tarantella del Gargano é uma canção de amor tradicional, com letra em dialecto, recolhida em 10 de dezembro de 1966 em Carpìno, uma aldeia no promontório do Gargano, na província de Foggia, na Apúlia, Itália, pelos etnomusicologistas Diego Carpitella e Roberto Leydi, no âmbito da pesquisa iniciada em 1954 por Alan Lomax e pelo mesmo Carpitella.
A canção é um soneto (sunèttë) em forma de tarantela lenta, em tonalidade menor, conhecida como "alla mundanarë", ou seja, "à montanhêsa", no sentido de ser originário da aldeia de Monte Sant'Angelo. A versão original, conhecida como "Accomë j'èja fa' p'amà 'sta donnë" (o que devo fazer para amar esta mulher?), era interpretada como serenata pelos velhos cantores, que a trouxeram pelas ruas e às janelas da vila com voz, chitarra battente (guitarra batente), guitarra "francesa" (a guitarra clássica) e tamborim.
A tarantella del Gargano foi interpretada várias vezes por grupos italianos, porem a versão mais próxima ao original é provavelmente a dos Cantori di Carpino, junto com aquela gravada em Bisignano, deve-se mencionar a Nuova Compagnia di Canto Popolare, com a voz de Carlo d'Angiò, Daniele Sepe, com a voz de Brunella Selo, Lina Sastri e Antidotum Tarantulae, com a voz de Emilia Ottaviano, mas também estrangeiros, como Owayn Phyfe, estadunidense de origem galesa, e os alemães Amarcord.

BIBLIOGRAFIA:
Antidotum Tarantulae
https://www.youtube.com/watch?v=8ebjDqiExGw
tarantellatesti.blogspot.it http://tarantellatesti.blogspot.it/2009/09/tarantella-del-gargano-puglia.html

versões

Sta donni, comme de' j' fari pi amà 'sta donni?
Di rose l'ej a fà nu bellu ciardini,
'ndorni p'indorni a llei a annammurari,
di prete preziosi e ori fini,
'mmezzi 'nce la cavà 'na brava funtani,
j'eja fà corri l'acqua surgentivi,
'ncoppa ce lu metto n'auciello a cantari.
Cantava e repusava bella dicevi:
e pi vui so' addivintato n'auciello,
pi farimi 'nu suonno accanto a voi bella madonna.
Me l'ha fatto 'nnammurà la cammenatura e lu parlà,
si bella tu nun c'ive 'nnammurà nun me facive,
ah uei lì uei llà.
Ah pinciué 'sta 'ncagnata che vuò da me,
mammeta lu sape e t'o voj dicere pure a te.
Esta mulher, o que devo fazer para amar esta mulher?
Para ela eu vou fazer um belo jardim de rosas,
Tudo ao seu redor para fazê-la se apaixonar,
De pedras preciosas e ouro fino,
No meio disso eu vou cavar uma bela fonte,
E água de nascente vai jorrar dela,
E acima vou colocar um pássaro cantando.
Cantava e descansava, dizendo: "Minha querida:
Para você me tornei um pássaro,
Para dormir ao seu lado, oh linda senhora.
Eu me apaixonei pelo seu andar e pela sua fala,
Se você não era bonita, eu não tinha me apaixonado por você
",
ah uei lì uei llà.
Ah, menininha, você está chateada, o que você quer de mim?
Sua mãe sabe disso e eu quero dize-lo para você também.

Estou obrigado a Ferdinando Cozzolino, que me ajudou a traduzir o termo "pinciué", citando-me Salvatore Villani, experto de tradições do Gargano.

Me desculpo por qualquer falha na tradução portuguesa:
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andgad@tiscali.it.

página criada em: 31 de março de 2017 e modificada pela última vez em: 13 de novembro de 2024